sexta-feira, 29 de maio de 2009

Sem palavras

Hoje, renego, abnego, nego.

Digo à carne pura, sua trajetória é infortúnio.
Digo à má sorte, eu sou a metáfora que te extingue.
Digo às horas, algemas destroçadas.
Digo às certezas; meus soluços, bastam eles.

Hoje, respiro rente à imensidão.

Digo à nobreza da existência, sonho é realidade.
Digo às estrelas, paisagem que irriga meus suspiros.
Digo aos grilos, prelúdio das nossas sinfonias.
Digo ao aconchego, me aperta mais forte!

Digo aos nossos ruidos baixinhos sussuros tenros

E emudeço.

Nenhum comentário: